suruba
Com todo o respeito,
desembaraçados castiçais
fazem um caminho
e chegam a um passeio.
As luzes escondem as pernas
que perambulam portando o corpo
que estende as mãos
que seguram as velas.
Entre as luzes redondas,
as vozes riem umas com as outras,
e também se tocam,
por vez-outra.
Parece que algo de novo
podia ou deveria acontecer.
Alguns fingem não saber,
outros
dizem
que sempre souberam…
Foi então que o primeiro apagou
a vela, num sopro de livrar as mãos.
Alguém disse
que viu
quem foi
que começou.
Na verdade, só disse
que viu
quem foi o primeiro.
Agora, nem as pernas estavam escondidas,
simplesmente, não se viam, sentiam-se.
Respeito, sabia-se, não havia mais.
Tags: poemas eróticos, poesia, suruba
You can comment below, or link to this permanent URL from your own site.
Deixe um comentário